Este artigo tem como objetivo descrever de forma clara e objetiva cada etapa do fluxo de materiais no processo de produção industrial, destacando a integração entre um ERP e o sistema de planejamento e controle da produção Solver PCP.

Visão Geral do Fluxo
O fluxo de materiais compreende seis etapas principais, desde a identificação da necessidade até a finalização da produção com consumo de matéria-prima (MP) e geração de saldo do produto acabado (PA). Esse processo envolve atividades realizadas tanto no ERP quanto no Solver, com integrações via API que garantem precisão e rastreabilidade.
1. Necessidade (ERP)
A primeira etapa ocorre quando o sistema ERP detecta a necessidade de produção. Isso pode acontecer por:
Reposição de estoque mínimo.
Geração de pedidos de venda.
Planejamento de demanda (MRP).
Neste momento, o sistema analisa o estoque disponível e define os produtos que precisam ser fabricados, com base na política de produção (make-to-stock, make-to-order etc.).
2. Abertura da OP e Empenho (ERP)
Com a necessidade identificada, o ERP gera a Ordem de Produção (OP) e realiza o empenho dos materiais.
A OP define o produto, quantidade, prazo e estrutura de materiais.
O empenho reserva no estoque os insumos necessários, garantindo que estarão disponíveis no momento da produção.
Essa reserva é importante para evitar conflitos com outras ordens ou vendas.
3. Planejamento (Solver)
Após a criação da OP, os dados são integrados ao Solver, onde ocorre o planejamento e priorização da produção.
O planejador define a ordem de execução das OPs com base na capacidade de máquinas, prazos de entrega e gargalos produtivos.
Pode considerar setups, tempos de ciclo e turnos de trabalho.
Essa etapa organiza o dia a dia do chão de fábrica e facilita o controle de produtividade.
4. Separação (Picking) – Etapa Opcional (Solver)
Nesta etapa, o operador pode realizar a separação física dos materiais empenhados, se a empresa optar por essa operação antes do início da produção.
É uma etapa opcional que antecipa o abastecimento do posto de trabalho.
O Solver pode gerar a lista de picking, indicando a localização dos insumos no estoque.
Após a separação, os materiais são levados até o setor produtivo.
5. Apontamento por Tempo e/ou Quantidade (Solver)
Durante a produção, os operadores realizam o apontamento das atividades, que serve para registrar:
Tempo real de execução (por operador, máquina ou OP).
Quantidade produzida (parcial ou total).
Ocorrência de paradas, retrabalho ou perdas.
Esses apontamentos alimentam os relatórios de desempenho, eficiência e OEE (Eficiência Global dos Equipamentos).
6. Consumo de MP e Inclusão de Saldo do PA (ERP via API do Solver)
Ao final da produção, os dados do Solver são integrados novamente ao ERP, através de API, para que o sistema possa:
Dar baixa automática na matéria-prima, com base na quantidade produzida e estrutura do produto.
Gerar o saldo de produto acabado, lançando a quantidade no estoque final.
Isso garante que o estoque esteja sempre atualizado e que o processo produtivo seja refletido corretamente na contabilidade e no controle de custos.
Benefícios desse Fluxo Integrado
Maior controle e rastreabilidade dos materiais.
Redução de perdas por falta ou excesso de insumos.
Agilidade na tomada de decisão com dados em tempo real.
Automação dos lançamentos no ERP.
Aumento da produtividade no chão de fábrica.
Resumo
A integração entre o ERP TOTVS Protheus e o Solver PCP permite um fluxo de materiais eficiente, rastreável e automatizado, fundamental para manter a competitividade da indústria. Com a correta definição de responsabilidades entre os sistemas e operadores, é possível garantir entregas no prazo, com qualidade e menor custo.
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